12/07/2023

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Santa Macrina: audácia cristã feminina na propagação do cristianismo

Santa Macrina: audácia cristã feminina na propagação do cristianismo

 

Reflexão da Irmã Maria Freire da Silva - Diretora Geral Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria

 

O cristianismo nos primeiros séculos revela uma grandiosidade na radicalidade e no seguimento a Jesus Cristo. Santos e mártires formaram a Sinodalidade do Caminho do Mestre. Mulheres e homens entregaram sua vida na construção da Comunhão e da Participação na Igreja. Ensinaram e aprenderam no itinerário, deixando-se conduzir pelo Espirito Santo, na leitura assídua da Palavra de Deus, no serviço aos pobres e doentes de seu tempo. Embora o retrato que se tem das mulheres é de dedicação à família, ao marido, não é possível esconder tantas mulheres que lideraram a vida das Comunidades, que foram testemunhas do evento Pascal de Jesus Cristo Vivo e Ressuscitado na Vida Eclesial e na criação. Mulheres que ultrapassaram o domínio do masculino e aderiram ao Cristianismo como espaço de liberdade e de pertença a um Projeto maior que incluía a formação do povo.

 

O mês de julho chega até nós apresentando o nome de vários santos e santas. Entre tantos, está Santa Macrina, virgem (†379), e irmã dos santos: Basílio Magno, Gregório de Nissa e Pedro de Sebaste. Macrina era a filha mais velha de dez irmãos. Nasceu na Cesaréia, na Capadócia, outrora um reino independente e Província do Império Romano a partir de 14 d.C. Situados em torno do rio Halys — fronteira natural entre a Ásia Menor romana e as regiões interioranas — o arcebispado de Cesaréia formava, ao lado de Nissa (bispado), uma área fortemente cristianizada a partir de 325. Sua família pertencia a um segmento da aristocracia helenizada da Ásia Menor que prontamente aceitou o cristianismo (TEJA, 1989: 92).

 

Versada nas Sagradas Escrituras, retirou-se para levar uma vida solitária no mosteiro de Annesi, no norte da Turquia, antes propriedade de sua família.  Macrina era originária de uma família muito rica da Capadócia,  era dotada de dotes naturais, afirmava seu irmão Gregório de Nissa, o que sua mãe aproveitou para ensinar-lhe as Sagradas Escrituras, onde encontrou terra fértil. Com o decorrer do tempo, Macrina amassava o trigo para a Eucaristia. Era absorta em Deus e zelosa com os pobres, aos quais distribua roupas e alimentos.

 

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