03/05/2022
Noticías
Plenária UISG: caminho sinodal
Plenária UISG: Processo Sinodal
“Onde tu vás eu irei, o teu povo será o meu povo e nada nos poderá separar” (Rute 1,16). Foi com estas palavras que começamos o dia. Deus faz-nos esta promessa e nós também somos a promessa de Deus para tantos.
A Ir. Jolanta Kafka, presidente da UISG, ofereceu-nos um resumo da vida da UISG nestes últimos anos. A melodia de fundo que já se pode ouvir é a duma cultura de partilha e de comunhão entre os carismas porque todas vamos descobrindo uma vida religiosa com uma comum missão. A grande proposta que nos deixou foi a duma liderança servidora que não aparece nos titulares mas que leva os outros até ao cimo que se deixa levar pelo Espírito. Os tempos presentes desafiam a vida religiosa a reviver-se e (re)entender-se à luz da sinodalidade: Ser e conhecer como o Pai, amar esvaziando-se como o Filho para ser repletos pelo Espírito Santo que nos envia em missão.
A Ir. Patricia Murray, secretaria executiva da UISG, apresentou muitas das atividades que formam parte do tecido quotidiano: interculturalidade formação de lideres, cuidado a crianças, sinodalidade, comunicação para incidência global e tanto trabalho das varias comissões. Estamos a construir algo maior do que nós, criando redes a nível global online e em presença. Apostamos agora numa cultura de sinodalidade. Desde a ultima assembleia em 2019 continuamos a semear, novos projetos, a cuidar das sementes e recolher muitos frutos.
Os aplausos de pé das irmãs foram o espelho da grande gratitude com que reconhecem o trabalho feito nestes últimos três anos pela UISG.
A Dr. Núria levou-nos a entrar na espiritualidade de comunhão. Só desde uma escuta vulnerável e humilde podemos ser sinodais. A escuta autentica só se pode fazer desde abaixo, do mesmo modo que Deus descende para escutar desde abaixo, inclina-se para escutar. Como disse Santo Agostinho: «Não tenham o coração nos ouvidos , mas os ouvido nos coração».
O Cardeal Braz de Avis celebrou connosco a Eucaristia. Mais tarde falou-nos dos desafios atuais da Vida Religiosa. Convidou-nos a não fazer diferenças de valor entre as culturas, carismas ou entre homens nem mulheres. Com a sua amabilidade fez-nos aprofundar na forma de servir de Jesus que nos leva a ser Superioras que deixam os cargos quando eles acabam. Alertou-nos para tomarmos consciencia de que sem liberdade nas comunidades as irmãs adoecem; o dom da liberdade precisa de ser conservado a toda a custa num clima de confiança. Disse-nos que a obediência cega é uma mal porque todas precisamos de escutar o que Deus disse no seu interior.
O dia terminou com os ecos entre todas do que estes dias vão criando em nós. Este caminho para a Sinodalidade deixou-nos com muitas preguntas, vontade e desafios porque a nossa Igreja ainda precisa de muita transformação para ser sinodal.
Ir Paula Jordão
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