26/10/2024

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Documento final da XVI Assembleia do Sínodo sobre Sinodalidade

Documento final da XVI Assembleia do Sínodo sobre Sinodalidade

O documento final do Sínodo, aprovado a 27 de outubro em todos os seus 155 parágrafos, marca um momento significativo de mudança para a vida da Igreja.


O documento requer um compromisso substancial por parte dos bispos relativamente à transparência e à responsabilidade, ao mesmo tempo que estão em curso esforços para conceder mais espaço e poder às mulheres na Igreja. Dois conceitos-chave emergem do texto: “relações” e ‘vínculos’, que representam uma nova forma de ser Igreja. As Igrejas locais estão no centro do horizonte missionário, essencial para a experiência da pluralidade na sinodalidade, com os leigos a assumirem cada vez mais um papel de liderança.

 
O documento está dividido em cinco partes. A introdução esclarece que o Sínodo é uma “experiência renovada de encontro com o Ressuscitado”. O convite a contemplar os sinais das chagas de Cristo leva-nos a reconhecer os sofrimentos do mundo, desde as crianças aterrorizadas pela guerra até às injustiças sociais.
O Sínodo propõe um caminho ecuménico, visando a unidade dos cristãos e continuando a inspiração do Concílio Vaticano II.
 
O documento sublinha a necessidade de uma Igreja capaz de alimentar relações autênticas. “O cuidado das relações não é uma estratégia, mas o modo como Deus se revelou”. Os testemunhos de dor, sobretudo das mulheres, evidenciam a dificuldade em estabelecer laços significativos. É urgente que esta renovação ressoe em todos os contextos.


No centro do documento estão “os carismas, a vocação e os ministérios para a missão”. É sublinhada a necessidade de uma maior participação das mulheres e dos leigos nos ministérios. A espiritualidade sinodal é essencial: “Sem profundidade espiritual, a sinodalidade torna-se apenas um expediente organizacional”. O discernimento eclesial ocupa um lugar de destaque no documento e torna-se uma prática espiritual que requer um clima de confiança e transparência.

 
A confiança mútua é fundamental para um diálogo construtivo entre aqueles que detêm a autoridade e o Povo de Deus. Tudo isto deve ser resolvido cultivando a troca de dons num contexto de mobilidade humana e de cultura digital. A unidade na troca de dons é o critério para as relações entre as Igrejas. Para testemunhar a alegria do Evangelho, o Povo de Deus precisa de uma formação integral e contínua. A promoção de uma cultura de proteção e a difusão de temas de justiça social e de diálogo intercultural são essenciais.

 
O documento conclui com uma reflexão sobre a salvação através das relações e um convite a rezar à Nossa Senhora
, para que nos guie a ser um povo de discípulos missionários.
 

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